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Álcool em gel ou lavar as mãos: qual a melhor escolha contra a COVID-19?



Desde os primeiros casos registrados da COVID-19 no mundo, especialistas e organizações da saúde alertaram para o cuidado redobrado com a higienização das mãos, já que, por estarem frequentemente em contato com rosto, olhos e boca, elas são as principais facilitadoras do contágio de vírus e bactérias.


Imagine a quantidade de microorganismos causadores de doenças com que temos contato diariamente: em maçanetas de portas, corrimãos de escadas, tela de celulares, torneiras, bancadas, entre outros.


São inúmeras os meios de exposição a centenas de doenças infectocontagiosas, entre elas a COVID-19, gripes, resfriados, diarréia, conjuntivite, sarampo e muitas outras.


Mesmo com a suspensão temporária de muito estabelecimentos e comércios, como bares, restaurantes, academias e escolas, os serviços considerados essenciais para a manutenção social, tais como hospitais, farmácias, supermercados e postos de saúde permanecem em pleno funcionamento, em alguns casos, com fluxo de atividades ainda maior.


Para evitar possíveis transmissões e garantir a segurança de todos - clientes, funcionários e colabores - é necessário redobrar os cuidados com a limpeza, desinfecção dos ambientes e higienização dos transeuntes.


A higienização das mãos só é considerada eficaz caso sejam usados os produtos corretos e adotado os procedimentos de limpeza dos membros, nesse caso, qual é a melhor escolha contra o Coronavírus? Higienizar com álcool em gel ou lavar as mãos com água e sabão?



Álcool em gel x lavar as mãos


Para entender qual a melhor opção na hora de higienizar as mãos é importante entender, primeiro, as diferenças entre o álcool em gel e o ato de lavar as mãos, na maioria das vezes feito com água e sabão.


O álcool em gel é um composto formado a partir do etanol, com adição de outras substâncias que promovem a gelificação do produto, ou seja, o aspecto e textura de gel da composição.


Os produtos a base de álcool com concentração igual ou superior a 70% - tanto em textura gel quanto o líquido - são potenciais desinfetantes, ou seja, são potentes na eliminação de microorganismos, como vírus e bactérias.


A diferença, entretanto, é que o álcool em gel promove a ação do produto por mais tempo na pele, além de ser menos agressivo às mucosas do tecido.


O álcool líquido, portanto, é mais recomendado para a limpeza de superfícies gerais, como bancadas, mesas, janelas e portas.


O sabão, por sua vez, é um agente tensoativo, ou seja, capaz de diminuir a tensão entre dois líquidos, geralmente a água e as sujidades presentes na superfície, como a gordura. Isso faz com que, ao lavar as mãos ou a louça, o sabão permita a união entre a água, o produto e a sujidades, o que facilita a limpeza e o escoamento das sujeiras.


Justamente por causa do seu potencial tensoativo, alguns sabões e detergentes retiram a película de gordura das mucosas da pele, como as mãos, podendo causar irritações, ressecamentos e até microfissuras na pele.


Fica claro, portanto, que cada um dos produtos têm objetivos diferentes. Enquanto o álcool em gel é mais recomendado para a desinfecção das mãos, ou seja, eliminação de vírus e bactérias, a água e sabão na lavagem das mãos, além de desinfetar, também remove sujidades pesadas e visíveis da pele.


Qual a melhor forma de higienizar as mãos?


Para garantir a limpeza adequada e correta das mãos, é importante que o álcool em gel usado tenha potencial alcoólico igual ou superior a 70%. Essa porcentagem é ideal para que o produto consiga destruir as camadas de proteínas que envolvem as células de vírus e bactérias, só assim os microorganismos são eliminados por completo.


A não higienização correta das mãos pode ocasionar em infecções severas no organismo, além de contaminar e transmitir cargas virais e bacterianas para outras pessoas por meio de tosse, espirros e contato próximo.


Entretanto, caso haja sujeiras aparentes na pele, a melhor forma de limpeza é lavar as mãos com água e sabão, mas atenção, para que higienização seja eficiente, é necessário seguir algumas recomendações:


  • O ideal é retirar anéis, pulseiras ou relógios antes de lavar as mãos, já que os microorganismos podem se acumular nos vãos desses objetos; especialistas também recomendam que os acessórios devem ser retirados também nos momentos de preparar alimentos, tratar machucados ou ter contato com pessoas infectadas;

  • É importante que a água e o sabão permaneçam em contato com as mãos por, pelo menos, 20 segundos, esfregando-as bem, sem esquecer das unhas, dorso, polegares e pulsos;

  • Detergentes líquidos - como os de cozinha - têm potencial para fazer a limpeza das mãos, mas as suas propriedades tensoativas são mais agressivas e podem causar ressecamento, microfissuras e irritações; o ideal é usar sabonetes próprios para as mãos;

  • A higienização das mãos é recomendada sempre após assoar ou coçar o nariz, ir ao banheiro, antes e depois de tocar em machucados ou ferimentos, depois de mexer no lixo, depois de brincar, alimentar ou limpar um animal, antes de levar objetos próximos à boca de bebês e depois de limpar ou ajudar uma criança a se limpar.


Como posso contribuir na minha empresa?


Garantir a segurança de clientes, colaboradores e funcionários é dever dos gestores empresariais. A melhor forma de zelar pela saúde de todos é disponibilizar equipamentos, produtos e áreas específicas para higienização das mãos.


Nos banheiros, por exemplo, é fundamental que haja pia com água corrente, sabonete líquido antibacteriano, álcool em gel e toalhas de papel para secar as mãos. Em cozinhas e áreas destinadas para alimentação, é importante pia com água corrente, produtos detergentes e toalhas de papel para a secagem das mãos e louças.


Além de produtos e equipamentos, a rotina de limpeza é essencial para evitar possíveis contágios e transmissão de doenças. No cenário da COVID-19, os cuidados com a higienização devem ser redobrados, como aumentar o número de rondas de limpeza, dar atenção maior aos detalhes, como maçanetas de portas, torneiras, telas de computador, mouses e teclados.


Vale ressaltar que a produtividade e o bem-estar de funcionários e clientes está diretamente ligada com a limpeza das empresas, afinal, um ambiente livre de sujidades aparentes, organizado e desinfetado é capaz de proporcionar uma maior sensação de conforto e leveza.


Neste momento, também, é necessário fortalecer o hábito de usar EPIs, os Equipamentos de Proteção Individual, como luvas, máscaras, óculos de proteção, coletes, aventais e botas emborrachadas, principalmente no manuseio de produtos com alto teor de toxicidade.


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